terça-feira, 26 de julho de 2011

Esse Mundo Blogger

Estou impressionada com as coisas que ando aprendendo nesse Mundo das Grávidas Blogueiras. Não sou mamãe, mas desde pequena venho me preparando para ser, desde pequena mesmo, hoje eu tenho 19 anos e esse meu sonho só vem crescendo cada dia mais, ser mãe deve ser uma dadiva muito linda, que Deus concedeu para nós mulheres. Cada dia que passa venho aprendendo mais e mais com as Gravidinhas e Mamães Blogueiras, ontem eu vi uma "nota" bem legal em um Blogger muiito lindo, resolvi copiar a nota e colocar aqui para compartilhar com todas que um dia verem a ler meu Blogger, essa matéria abriu mais ainda meu coração para um assunto qual eu nunca tive duvidas e que hoje eu tenho absoluta certeza e acho que todas as futuras mamães deveriam ter consciência desse assunto. Não julgo ninguém pela sua opção.


Cesárea agendada aposentou o trabalho de Parto.

Na rede particular, gestantes marcam a operação com meses de antecedência, ainda que sem necessidade.
A maior parte das brasileiras que tiveram filhos recentemente e são atendidas por planos de saúde não chegou a entrar em trabalho de parto. Seja por influência médica, familiar, por desinformação ou simplesmente por medo de sentir dor, essas mulheres agendaram a cesariana com semanas ou até meses de antecedência, mesmo antes de saber se a gravidez evoluiria sem complicações.
A representante comercial Ana Corina Lemos Santos, de 33 anos, é uma dessas brasileiras. Após nove anos de casamento, engravidou do primeiro filho, Eric, que nasceu há cerca de um mês, por cesárea, em uma maternidade particular de São Paulo.
“Nem cogitei com meu médico o parto normal”, conta Ana. “São muitos os procedimentos. Tem a respiração, as contrações… Eu tinha medo de fazer algo errado, de ficar esperando horas, com dor. Além disso, queria consertar a marca de uma cirurgia anterior no abdome.”
Ana pensa em ter outro filho e, mesmo sabendo que os riscos para sua saúde e do bebê são maiores com a cesariana, o parto normal continua fora de seus planos. “É insegurança minha mesmo. Mas vou pensar sobre o assunto”, diz.
“Se a mulher não entra em trabalho de parto, como podemos ter certeza de que o bebê está preparado para nascer?”, questiona Martha Oliveira, gerente de produtos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Uma das maiores causas de internação em UTI neonatal hoje, diz ela, é a taquipnéia transitória, desconforto respiratório causado pela presença de líquido nos pulmões. “Isso é conseqüência direta da alarmante taxa de cesarianas sem indicação, pois a prematuridade favorece esse tipo de problema.”
A ANS financiou a pesquisa Causas e conseqüências das cesarianas desnecessárias, uma série de artigos realizados pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz). Um dos estudos acompanhou 450 gestantes em dois hospitais conveniados do Rio e comprovou que 92% delas não entraram em trabalho de parto. “Esse dado reflete a realidade nacional e é um dos mais preocupantes”, afirma Martha.
O diretor do Departamento de Ações Estratégicas do Ministério da Saúde, Adson França, explica que a cesárea, quando feita com 40 semanas de gestação, aumenta em 16 vezes a possibilidade de problemas circulatórios e respiratórios no bebê. Entre 36 e 37 semanas, o aumento é de 120 vezes. Ainda segundo França, a cirurgia feita sem indicação aumenta em 6 vezes a mortalidade materna e eleva o risco de complicações em futuras gestações. “Mesmo que seja a pedido da mulher, não é ético fazer parto cirúrgico sem necessidade”, avalia.
Índice Brasileiro
A Organização Mundial da Saúde recomenda uma taxa de cesarianas não superior a 15%, o que daria conta dos casos de risco para a saúde da mãe ou do bebê. A média brasileira é de 43%. No Sistema Único de Saúde (SUS) esse índice é de 26% e na rede de saúde suplementar é de 80%.
Para a diretora do Grupo de Apoio à Maternidade Ativa (Gama), Ana Cristina Duarte, existe no Brasil a cultura de que o parto normal é perigoso, um sofrimento desnecessário. “Há essa idéia de que os hospitais públicos forçam as mulheres a ter parto normal porque é mais barato e, por isso, inferior. Os médicos da rede particular dizem que as mulheres pedem para fazer cesárea e, como para eles é mais conveniente, ficam quietos.”
Na opinião do obstetra Geraldo Caldeira, que atua em grandes maternidades particulares de São Paulo, como Pro Matre Paulista e Santa Joana, dois fatores são determinantes para explicar essa realidade: a má remuneração dos partos pelos planos de saúde e a forma como as mulheres são educadas. “Hoje se paga cerca de R$ 800 num parto por convênio. Não é vantajoso desmarcar toda a agenda do consultório para acompanhar um parto normal. Se quiserem mudar vão ter de oferecer no mínimo R$ 2 mil”, afirma. “Outra questão é cultural. Enquanto na Europa as mulheres são educadas desde criança para querer o parto normal, aqui já chegam dizendo ‘ai doutor, não quero ter dor, prefiro cesárea’. Isso é algo que leva no mínimo uma geração para mudar.”
A pesquisa da ENSP aponta, no entanto, que 70% das mulheres desejam parto normal no início da gestação, mas “vão sendo convencidas pelos obstetras da maior segurança da cesariana e sendo minadas na confiança de que seu corpo seria capaz de enfrentar o trabalho de parto”.
“O pré-natal tem a missão de convencer a mulher a desistir do parto normal”, afirma Ruth Osava, professora do curso de Obstetrícia da USP Leste e coordenadora do Centro de Parto do Amparo Maternal, uma das maiores maternidades públicas de São Paulo e onde o índice de cesáreas é menor que 20%. “Entre as usuárias do SUS não acontece esse doutrinamento, a maioria chega com perspectiva de um parto normal.”

Reportagem de Karina Toledo para o jornal O Estado de São Paulo, em 17/08/2008


Eu quero meu parto normal, natural, humanizado!

1 comentários:

Brenna disse...

Myllena,que bom que vc tem essa visão do parto natural(quando estiver gravida claro..rs)eu tambem tentei o parto natural,mas no meu caso tive que partir para uma cesariana..mas graças a Deus deu tudo certo comigo e com minha doce Sofia.

beijos'

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